A história de confrontos entre o Brasil é Croácia é curto, mas favorece a seleção verde e amarela. Foram apenas três disputas entre as três seleções, onde o Brasil nunca perdeu uma partida.
A primeira delas foi um amistoso de 2005 na cidade de Split na Croácia, pouco tempo depois do Brasil conquistar a Copa da Confederações sobre a Argentina por 4x1. O técnico brasileiro da época era Carlos Alberto Parreira. Os gols dessa partida ocorreram no primeiro tempo da partida, onde aos 32 minutos o jogador Kranjcar abriu o placar para a Croácia e aos 41 minutos o meia brasileiro Ricardinho deixou tudo igual. O segundo tempo foi um daqueles jogos mornos onde não ocorre grandes emoções, a não ser pelo cartão amarelo que o brasileiro Lúcio ganhou. A posse de bola estava bem equilibrada entre as equipes, dessa forma, o jogo terminou em 1x1.
Um ano depois, as seleções se reencontraram, mas dessa vez em um jogo oficial pela Copa do Mundo de 2006, que ocorreu em solo alemão. Era jogo de estreia do Brasil no mundial daquele ano e a expectativa era grande sobre o famoso "quadrado mágico" que contava com Kaká e Ronaldinho "monitorando" o ataque de Ronaldo e Adriano (ex imperador).
O jogo foi cansativo e também não era dos mais emocionantes. Se por um lado os croatas não atacavam o Brasil, por outro montaram uma verdadeira muralha na área para impedir o ataque brasileiro. Foi com muita dificuldade que aos 43 minutos do primeiro tempo o eterno são paulino Kaká, conseguiu furar a muralha da Croácia e colocar a bola no fundo da rede. E assim permaneceu o jogo até o seu final, fazendo com que o Brasil saísse com a vitória e continuasse invicto contra a Croácia.
No terceiro encontro das seleções, o meia Niko Kovac da última Copa se tornou o atual técnico da seleção croata e embora essa não seja uma das maiores seleções do mundo, tão pouco uma das favoritas a levar o mundial, prometeu dar trabalho a equipe canarinho e ainda mais: cumpriram com a promessa. A seleção adversária começou o confronto abrindo o placar com pouco mais de dez minutos do primeiro tempo (detalhe: foi gol contra , caso contrário não teria gol croata na rede brasileira), mas como era começo de jogo a seleção de Luis Felipe Scolari mostrou maturidade e habilidade não perdendo a cabeça em campo. Em meio a um ou outro passe errado e a criticas de inúmeros jornalistas estrangeiros quanto a estrutura do estádio paulista, o ex santista Neymar deixou tudo igual para o Brasil ainda no primeiro tempo.
Na segunda etapa da partida o Brasil tinha mais posse de bola, mas a Croácia não pensava duas vezes em atacar na área do adversário quando conseguia "roubar" a bola ou era beneficiado com os passes errados dos jogadores brasileiros. Ainda assim, ocorreu um pênalti a favor do Brasil que foi consumado com a cobrança de Neymar. A Croácia não desistiu do jogo em nenhum momento e quando Oskar conseguiu chegar na bola, deu um tiro certeiro que estufou a rede do goleiro Pletikosa e aumentou o placar para 3x1. Poucos minutos depois o árbitro japonês Yuichi Nishimura.
Com torcida penta campeã de Cafú e Kaká na arquibancada, milhares de torcedores presentes, dentre eles várias personalidades políticas, do meio artístico e esportivo, além de bilhões de pessoas assistindo em tempo real o jogo em todo o mundo, o Brasil mostrou porque é o país do futebol e não há protestos, criticas ou estádio improvisado que acabe com a grandeza do futebol brasileiro. Nitidamente, a partida não foi uma das melhores do Brasil, mas mostrou que a equipe tem garra e não se sente intimidada com o adversário. Com essa garra a seleção tem time suficiente para ganhar o hexa, só não pode abaixar a cabeça diante das difíceis etapas que os escolhidos de Felipão tem pela frente. Na próxima terça feira, dia 17 de junho, o Brasil enfrenta o México na capital cearense, Fortaleza. Por enquanto é o primeiro colocado do grupo com três pontos. O resultado de hoje já classificou a seleção canarinho, mas não é possível acomodar-se diante desse resultado, pois Camarões e México ainda não jogaram e como nos ensinou o grande mestre são paulino, Muricy Ramalho: "O jogo só termina quando ele acaba." e acrescento algo mais as palavras do mestre tricolor: "Não importa se alguém não gostou ou se o futebol não foi arte, o que importa é o resultado e ponto final. Manifestação não ganha ou perde partida". Peguem seus sombreiros que terça feira é dia de empurrar a seleção rumo ao hexa!
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Sobre o Autor
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Syl é jornalista, pianista, apaixonada por carros e artes (em especial a primeira e a sétima) e muitas outras coisas. Nas horas vagas compartilha conhecimento no fantástico mundo da bloguesfera. Siga @SylOficial
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