Para
compreendermos quem é essa mulher estampada nas cédulas e moedas* brasileiras,
precisamos fazer uma rápida viagem no tempo para saber porque ela se tornou
alguém “influente” no mundo.
Da Bíblia aos
Livros de História
Tudo começou quando
Cuxe, neto de Noé (construtor da Arca) teve um filho chamado Ninrode. Este por
sua vez é citado na bíblia como um dos guerreiros mais fortes e de destaque na
história da humanidade, sendo ele quem ergueu a cidade de Babel, bem como
fundou diversas cidades pagãs, como Babilônia e Ninive. Ninrode se considerava
um deus – o deus sol - e foi impedido por Deus de concluir seu plano com a
Torre de Babel, dispersando o povo para todo o mundo e frustrando a ideia de
Ninrode de juntá-los em um só lugar. Além de todos os seus atos que desafiavam
à Deus, Ninrode matou o próprio pai e tomou sua mãe, Semíramis, como esposa.
Alguns anos
depois, seu tio avô, Sem (filho de Noé e avô de Abraão), revoltou-se com as
constantes atitudes de Ninrode e o matou. Cortou-o em pedaços e os espalhou
pela reino. Semíramis nunca deixou que as pessoas soubessem que este fora
assassinado, divulgando aos povos que ele foi cumprir seu papel como deus sol,
indo viver no céu.
Semíramis
também disse que Ninrode se faria presente na terra através de uma chama,
considerada uma “chama da liberdade”, que representava a iluminação do deus sol
e de seu poder.
Uma parte
intrigante desse assassinado é que os pedaços de Ninrode foram recolhidos,
exceto seu órgão genital, jamais encontrado. Semíramis teve um envolvimento com
outro homem após a morte de Ninrode, do qual veio a ficar grávida. Ela alegou
que esse filho era um presente dos deuses, como se fosse a reencarnação do “pai”
da criança – Ninrode.
Semíramis era
uma ótima contadora de história pagãs e para se consagrar deusa, espalhou que
foi concebida de forma imaculada, ou seja, sem a prática do pecado carnal, como
se fosse uma dádiva divina. Dizia ainda que a lua era uma deusa e que passou
por um ciclo de vinte e oito dias, até conceber um ovo, do qual ela havia
nascido.
Como haviam
países de diferentes línguas, Semíramis passou a receber nomes distintos em
cada país, mas sempre cultuada como uma deusa dos céus. Alguns de seus variados
nomes são: Diana, Ártemis. Astarte, Cybele, Terra, Juno, Afrodite, Athena,
Ceres, Rhea, entre outros.
A criança
nasceu e recebeu o nome de Tamuz (também chamado de Baal). A criança se tornou
um homem e certo dia acabou morrendo enquanto caçava. Mais uma vez, Semíramis
criava falsas notícias entre os povos, alegando que Tamuz tinha ido viver com o
pai – o Senhor dos Céus. Dentre os rituais que se iniciaram com a morte de
tamuz, as pessoas passaram a considerar Semíramis como uma deusa,
conferindo-lhe o título de Senhora dos Céus ou de Mãe de Deus. Também passou a
ser considerada filha da deusa pagã Atargatis-peixe, que simbolizava uma forma
de poder, indestrutibilidade e imortalidade, uma vez que só o peixe não morreu
no grande dilúvio. Acabou tendo sua imagem ligada a figura da pomba, que surge
depois da tempestade para constatar que todos estão livres e seguros. Essa
relação passou a ser conhecida como columba (posteriormente columbia), Ishtar
ou Astarte.
Semíramis
resumiu a morte do filho e marido – Ninrode – como a salvação da humanidade.
Ninrode passou a ser adorado como um verdadeiro Messias, Tamuz como Baal – deus
sol – e Semíramis como Mãe de Deus (mãe de Baal) e Senhora dos Céus.
Pode-se dizer
que as primeiras religiões pagãs a difundir-se pelo mundo surgiram graças a Ninrode. O
simbolismo de adoração ao deus sol e a rainha dos céus é cultuado até hoje em
diversos países, inclusive dentro das SS (Sociedades Secretas – Iluminati, caveira
e Ossos, Maçonaria, Rosa Cruz, etc). Acredita-se que foi com o autoritarismo de
Ninrode ao se achar um deus e de construir a Torre de babel que começou a se cumprir
a passagem sobre a criação das falsas religiões descritas no Apocalipse 17:5.
Diversos
países, a maioria deles considerados laicos, fizeram e fazem de alguma forma homenagem à
Semíramis. Exemplo disso são as estatuas da liberdade existentes nos Estados
Unidos e no Japão, o símbolo da milionária produtora de filmes – Columbia Pictures
– simbolismos na Universidade de Columbia, distrito de Columbia nos Estados
Unidos, até chegarmos a moeda brasileira, o real.
Semíramis e as Cédulas do Real
O real existe
desde 1994 e foi introduzido no país como primeira moeda do período democrático e
que surgiu para salvar a economia brasileira, que por sua vez contava com uma inflação
superior à 900% antes de sua criação. Com o passar dos anos a inflação foi
controlada, caindo para cerca de 10% ao ano e reduzindo esse número para os atuais
6,5%.
Desde 2012,
existe um certo “atrito” entre parlamentares, uma vez que o MPF (Ministério
Público Federal) manifestou interesse em retirar a frase “Deus Seja Louvado”
das cédulas nacionais, uma vez que a considera uma afronta ao Estado laico.
Esse assunto dividiu alguns grupos e um parlamentar de Pernambuco criou um
projeto no último ano a fim de oficializar e permitir o uso definitivo da frase
nas cédulas do real. O projeto foi rejeitado em outubro de 2013. A justiça
paulista também rejeitou o processo do MPSP apoiando a retirada do termo. Não
houve decisão definitiva à respeito até o momento, de forma que até que seja
decidido algo a favor ou contra por órgãos superiores, as cédulas permanecem em circulação. Vale
salientar, que retirá-las de circulação para substituir por outras sem a
inscrição causaria um prejuízo milionário aos cofres públicos.
Quanto a Semíramis
nas cédulas, a mesma é a mais clara demonstração do Cristolicismo, ou seja, a
junção do cristianismo com o catolicismo romano, resultando em práticas pagãs.
Esse termo foi muito utilizado na época em que o imperador Constantino
governava Roma, pois para ser aceito pelo povo e consequentemente agradar a
igreja, transformou as crenças pagãs em crenças supostamente cristãs. Os
populares e a igreja, que na época era um monopólio, aceitaram os títulos e
migraram a figura de Tamuz (Baal) e de Semíramis para Virgem Maria e o Menino
Jesus.
No Brasil,
embora seja considerado laico, o país é dividido entre várias religiões, sendo
as mais atuantes as três ondas do protestantismo (sobretudo a terceira onda) e
o catolicismo. Os textos da Constituição Federal, bem como o Código Penal são
baseados em pensamentos retirados da bíblia. Vale salientar que o Código de
Processo Penal brasileiro vigora desde 1944 e a Constituição desde 1988.
Quadro pintado por Eugène Delacroix |
Sendo assim,
embora a Casa da Moeda diga que se trata apenas de um símbolo de liberdade
inspirado em um quadro francês da personagem Marianne pintado em 1830 por Eugène
Delacroix, o que vemos é diferente. Marianne representa a permanência dos valores
dos cidadãos e da República Francesa, sob a filosofia de Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, bandeira levantada pelo movimento iluminista, consequentemente
pela ordem dos iluminatis e presente na conduta de todas as sociedades secretas
do mundo, inclusive a mais pura maçonaria existente em todas as cidades brasileiras.
Marianne simboliza ainda a figura da mãe pátria, do tipo guerreira, enérgica,
pacifica, protetora e maternal. Marianne é uma das variações para a figura de
Semíramis.
A imagem das cédulas de R$1 (fora de circulação), R$2, R$5, R$10, R$20, R$50 e R$100 reais é considerado uma efigie, que consiste na representação plástica da imagem de uma pessoa real ou simbólica. A ilustração gravada é de um busto e os seus olhos não possuem pupila. A figura possui uma tara de louros na cabeça, similar à raios, dirige o olhar para o lado direito com fisionomia séria, possuindo uma túnica nos cabelos. A ilustração utiliza a técnica da ranhura.
Cruzados Novos |
De uma forma
geral é como se de alguma forma toda a população a adorasse, inconscientemente,
pois está sempre com ela no bolso, sendo esta é a sua sobrevivência diária. Nunca
foi divulgado o motivo real da escolha da personagem histórica internacional na
moeda brasileira, tão pouco qual foi o critério adotado para sua eleição.
Embora fosse mais comum utilizar um personagem considerado brasileiro ou uma
personalidade política já falecida, a escolhida foi a senhora dos céus. As
cédulas mudam com o tempo, mas a personagem permanece absoluta. Semíramis
também foi inserida nas cédulas de 200 cruzados novos antes do plano real.
Coincidência
ou não, acreditando ou não, gostando ou não, a mulher presente em todas as
cédulas do real e nas moedas de R$0,01, R$0,05, R$0,10, R$0,25, R$0,50 e R$1,00
são nada mais, nada menos que a mãe de Tamuz e Ninrode, dona Semíramis, uma deusa
pagã.
*Vale
salientar que o país possui duas versões distintas de moedas de R$0,05 a R$0,50
em circulação e que em uma delas o personagem gravado é a figura representativa do
Imperador Dom Pedro II.
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Sobre a Autora do Artigo
Syl é jornalista, pianista, apaixonada por carros e artes (em especial a primeira e a sétima) e muitas outras coisas. Nas horas vagas compartilha conhecimento no fantástico mundo da bloguesfera.
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Existem certas coisas que é imprescindível sabermos, e dessa eu não sabia rsrs...ótimo conteúdo abraço
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