Há duzentos e vinte e dois anos, Joaquim José da Silva Xavier era morto enforcado por liderar o primeiro movimento democrático que buscava a independência do Brasil em relação ao império de Portugal.
Naquela época, o Brasil vivia o ápice do Brasil Colônia, onde os portugueses dominavam as terras do país como se fossem suas. Cansados da resistência e audácia dos índios, buscaram milhares de negros da Europa e os transformaram em escravos, sendo sua maioria levada para trabalhar no sudeste e nordeste do país. Por aqui o ouro e o diamante brasileiro era explorado pelo reinado português, gerando grandes lucros a metrópole, bem como outros bem naturais, dentre eles os minerais. O problema é que os portugueses acreditavam que esse era um bem infinito, mas devido ao excesso de exploração, começou a se tornar escasso, o que gerou diminuição nos lucros.
O governo português acreditava que a diminuição nos lucros se devia ao contrabando e sonegação de impostos por parte dos brasileiros, por isso, começaram a aumentar abusivamente tais impostos e tomar medidas repressivas contra o povo brasileiro. Com isso, o povo se revoltou com a situação e devido na mesma época os Estados Unidos ter conquistado a sua independência do domínio Inglês, decidiram conspirar em prol da independência do Brasil. Essa conspiração foi criada pelo povo mais culto e rico do estado de Minas Gerais, dentre eles médicos e advogados.
Além das diversas atividades exercidas por Joaquim José, estavam a profissão de alferes (tenente) e de dentista, essa segunda profissão resultou ao seu apelido "Tiradentes". Este era o único membro pobre do movimento, que levantava a bandeira de seu desejo pela independência e saia as ruas chamando as pessoas para participarem da libertação do país do domínio português. Ao contrário da elite que ao se sentir ameaçada pelo poder português negava sua participação no movimento, Tiradentes nunca negou. Em uma dessas situações de ameaça, um de seus supostos amigos e aliados no movimento o entregou as autoridades da época, que o prendeu. Junto a ele, outros envolvidos com o movimento foram presos, entretanto, por possuírem grades posses na cidade, acabaram por se livrar da pena máxima, onde puderam optar pela prisão ou pelo exílio, sendo a segunda opção muita mais chamativa na época.
Tiradentes aguardou três anos pela conclusão do processo, sendo condenado a forca em público e em seguida seu corpo foi esquartejado para que o povo tivesse clara noção que não deviam se rebelar ou teriam o mesmo fim. Vestido com o manto usado nas execuções, Tiradentes foi para o cortejo que o levava a morte esbravejando: "Meu Salvador morreu também assim, nu, por meus pecados."
As onze horas e vinte minutos o idealista pela independência do país estava morto, pendurado por uma corda amarrada em seu pescoço. Após a morte de Tiradentes o povo continuou sendo vitima das injustiças do reinado português, e só trinta anos depois foi possível declarar o país livre do domínio português, enfrentando a partir dai uma grande, constante e quase infinita guerra entre a prepotência e egocentrismo de brasileiros que querem dirigir o país como se este fosse um veículo sem freio, o manobrando perigosamente em curvas que nos faz pensar: Valeu mesmo a pena nos tornarmos independentes? A resposta depende de uma minuciosa reflexão seguida de mais atitude e menos "bla bla bla" nas urnas daqui alguns meses.
Por conta de ser o primeiro a lutar pela independência do país e abrir portas para essa realidade três décadas depois, o mineiro Joaquim José passou a ser considerado primeiro herói nacional e o dia de sua morte, 21 de abril, passou a ser decretado como feriado nacional.
Olá, Syl! Tudo bem?
ResponderExcluirQue bom recordar dessa história do Tiradentes e sua luta. Muito bom relembrar de todo o acontecido, principalmente para quem já saiu da escola há mais de 10 anos, rs...
Beijos !!!
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