Levy Fidelix: O Candidato à Presidência que Ganhou o Respeito do País

O jornalista e publicitário mineiro Levy Fidelix é conhecido no Brasil e principalmente no estado de São Paulo pelo seu projeto mais famoso: O Aerotrem. Como no Brasil nada se cria, mas tudo se copia (pelo menos para determinados grupos da sociedade), o Aerotrem foi implantado no estado de São Paulo, porém com o nome de Monotrilho. Por se encontrar em fase de teste em 2014 (mesmo após dois anos de seu anúncio), a utilização do Monotrilho é gratuita até data já determinada pela prefeitura de São Paulo. Após o período de testes, passa a ser uma condução coletiva sobre trilhos cobrada como o trem e metrô.

Também baseado na ideia de Levy, foi implantado em São Paulo em 2008 o Anel Viário, conhecido como Rodoanel Mario Covas. Seguindo a lista básica de "nada cria, tudo se copia", a Prefeitura Municipal da Cidade de São Paulo lançou há seis anos o Seguro Enchente, que havia sido projetado por Levy com o nome de Seguro Calamidade. Para finalizar, o Banco Popular, Ministério de Defesa Civil, desoneração de remédios e cesta básica são apenas algumas das ideias de Fidelix que foram implantadas por outros políticos e que beneficiam milhões de pessoas diariamente.

Levy já atuou como assessor de comunicação do governo, onde foi o responsável pelo primeiro boletim nacional de agricultura, ocasião em que lançou a primeira Campanha Ecológica Nacional do Brasil, recebendo medalha presidencial. Levy é o fundador do PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro.

Em 1976 tornou-se chefe de comunicação na Estanave - Estaleiros da Amazônia, que é uma empresa vinculada à Petrobrás. Seis anos mais tarde, fundou a primeira revista de informática do Brasil. De 1983 a 1985 foi ancora do programa de TV Informátika, exibido na TV Bandeirantes e SBT, sendo esta a primeira produção televisiva do gênero no Brasil. Nesse programa, entrevistava políticos influentes e especialistas em tecnologia, discutindo os possíveis impactos do desenvolvimento da informática no país.

Levy já disputou o cargo de prefeito e de governador de São Paulo, mas apesar da votação expressiva no estado, não conseguiu vencer. Levy também se candidatou a presidente da república, obtendo quase 58 mil votos em 2010, mesmo com poucos segundos de propaganda eleitoral no rádio e TV para divulgação de seu pleito político.

Devido seu partido possuir pouco tempo de propaganda eleitoral, as pessoas acabam não conhecendo as propostas políticas do candidato, assim como ocorre com os demais candidatos além dos três principais.

O atual candidato à presidência da república (nº28) seria só mais um candidato entre os onze. O "seria" não foi usado em vão, pois ele deixou de ser mais um por fazer algo simples que muita gente já se esqueceu de como fazer: ele exerceu o direito à livre expressão e expressou o que a maior parte da população pensa, mas tem medo de falar, pois é melhor manter as aparências para conseguir alguma coisa do que mostrar-se como realmente é, sem hipocrisia, medos e máscaras.

No penúltimo debate político promovido pela TV Record e exibido ao vivo em todo o território nacional através de suas filiadas, o candidato foi questionado pela candidata socialista à caviar, Luciana, por qual motivo quem defende a família não reconhece um casal de homossexuais como uma família. Levy podia ficar em cima do muro, dizer que os homossexuais merecem respeito, que é contra discriminação e todo o blá, blá, blá falso que os demais candidatos dizem para fugir de perguntas desse tipo e não perder votos com uma posição que venha desagradar determinados grupos espalhados pela sociedade. Mas ele foi direto ao ponto e respondeu: "... Dois iguais não fazem filho (conceito de família)... e digo mais: aparelho excretor não reproduz..." Alguns homossexuais e moralistas bipolares da web acharam um absurdo, afinal, como ele podia dizer aquilo, que grande mentira! Com isso começou uma série de ataques cruéis pela internet, afinal, é "aquele velho esquema": Nivelar insatisfação com imputação de crimes e ofensas cibernéticas que possuem o único e exclusivo objetivo de ferir, denegrir e ofender o sujeito mencionado. Isso não é crime? Parece que está tipificado no código penal...

Os seis candidatos ficaram em silêncio com a declaração de Levy, bem como não comentaram nada quando tiveram a oportunidade de falar, inclusive a candidata que lhe fez a pergunta, usou sua réplica para falar de seu partido e plano de governo. Há muitos anos vimos nossos bisavós, avós e pais nos dizer que “quem cala, consente". 

Não importa se você vai votar no Levy ou não, tão pouco qual será a colocação do mesmo na eleição desse domingo, o fato é que gostando ou não dele e de sua declaração, não houve calúnia, injúria ou difamação. Não houve homofobia como todo político louco por voto de minorias tem dito, houve liberdade de expressão:

“Todos têm o direito à liberdade de opinião e de expressão. Este direito inclui a liberdade para ter opiniões sem interferência e para procurar, receber e dar informação e ideias através de qualquer meio de comunicação e sem importar as fronteiras.” Artigo 19, Declaração Universal dos Direitos Humanos.

"É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato." Artigo 5º, Inciso IV, Constituição da República Federativa do Brasil

Art. 220/CF: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.”

Sabe aquela liberdade de expressão que você exerce quando diz que não gosta de evangélicos e que não aguenta mais vê-los com programas de TV e disputando pleitos eleitorais? Então, é a mesma coisa e nem por isso estão te apedrejando. Caso contrário, você poderia cometer um crime contra a liberdade religiosa e curtir uns anos de prisão, mas é só o exercício da liberdade de expressão, sem ofensas, só uma opinião. Quando você fica twitando xingamentos à cantores e políticos você também está exercendo sua liberdade de expressão e não cometendo um crime contra a honra, certo?! (seu cérebro conectando sua consciência em 5, 4, 3...). Por que é sempre mais legal apontar defeitos nos outros do que reconhecer os nossos. Ai, o ser humano que se acha evoluído, moderno e mente aberta. Ele é fantástico!

O candidato deixou claro que muitos candidatos não manifestam sua real opinião com medo de perder votos, mas que ele preferia perde-los ao concordar com algo que para ele, não é verdade, não é como pensa. Levy não fez apologia à violência e destruição de homossexuais como muitos distorceram em blogues diversos por ai. O candidato manifestou a opinião de que não reconhece como família um casal gay, pois estes não podem reproduzir, bem como o mesmo é conservador e cristão e segue a crença de que Deus fez a mulher para viver lado a lado do homem, sendo este um casal, bem como o livro sagrado deixa clara a situação daqueles que são homossexuais, não para excluí-los, mas para orientar as consequências e conceder a chance de perdão e arrependimento a toda criatura que estiver disposta a ser uma nova pessoa. Muitas pessoas, ainda que não frequente nenhuma denominação católica ou protestante, possuem opinião semelhante a de Levy.

Se por um lado a comunidade gay, sobretudo os simpatizantes da campanha de Luciana, mostrou indignação com a opinião de Levy através do Twitter, por outro a maior parte da população demonstrou aprovação com a atitude através de comentários em outras redes sociais, dentre elas, publicações sobre o assunto dos principais seguimentos de notícias do país, como a revista Exame, contabilizando milhares de comentários a favor do candidato. Mesmo com título tendencioso de alguns veículos de comunicação, as pessoas foram firmes ao apoiar o único candidato que teve coragem de ser sincero e falar de algo que ninguém tem coragem, afinal, é normal ativistas e moralistas de bar condenarem o catolicismo, judaísmo, protestantismo, heteros, brancos ou qualquer outro  grupo com alguma acusação de preconceito pelo simples fato da pessoa existir: "Você é hetero? Então você é homofóbico!", "Você é branco? Então você é racista!”, “Você é cristão? Então você é intolerante e preconceituoso!", “Você é mulher? Então você é burra e frágil!” e assim por diante.

O que Levy despertou é o pensamento de que ninguém quer exterminar homossexuais (nem deve!), até porque eles são seres humanos capazes como qualquer outro e o que decidem fazer na cama não deveria interferir na vida social ou na sociedade, entretanto é isso o que tem acontecido. Militantes inconformados com toda e qualquer pessoa que pense e aja diferente deles lideram manifestações estúpidas por direitos especiais (isso mesmo direitos especiais e não iguais, pois estes já existem) e para exigir respeito, saem nas ruas fazendo um "beijaço gay" em via pública, adentram cultos protestantes e se agarram em meio à reunião só para reclamar de uma suposta intolerância religiosa e ainda, segundo eles, desafiarem líderes de denominações (eles não estão nem ai para gente que age assim). Claro que não são todos homossexuais que agem de maneira explicita para obter aprovação em público,  muitos não dão importância para o que os outros pensam, não buscando aprovação e seguindo suas vidas sem interferir na vida de ninguém e consequentemente, ninguém interfere em suas vidas. Mas aqueles que agem de forma desordeira são os que realmente chamam atenção e infelizmente acabam manchando a imagem de muitas outras pessoas que deixam seus cérebros agirem antes de qualquer parte de seus corpos.

Não se exige respeito desrespeitando o direito dos outros. Recordo-me de Clodovil, um gay que foi político, estilista e um dos nomes mais influentes do país e que deixava claro sua posição sobre respeitar as pessoas. Ele se respeitava e dizia que não era a favor do casamento gay, bem como de manifestações de afeto ou erotismo em público, pois, segundo ele, era algo feio e desrespeitoso com as demais pessoas. Uma vez ele foi vaiado por um movimento gay por expressar sua opinião sobre tais assuntos. (É possível encontrar vídeos na internet que retratam esta ocasião). 

Não é crime ser gay, assim como não é crime ser hetero, ateu, protestante, católico, branco, negro, amarelo. O problema é quando alguém quer mostrar a todo custo que “existe” e acaba "obrigando" o restante da sociedade à aceitá-los a todo custo, sob pena de imputação de crime inexistente, logo impossível, pois não está tipificado e se estivesse nunca teria se consumado de fato. Quem se ama e se aceita não precisa da aprovação dos outros para viver e tem bom senso para saber quando e onde fazer o que quiser. Talvez o que falte em algumas pessoas, seja olhar para dento de si e ver que não é uma ou várias pessoas que precisam mudar sua forma de pensar, mas sim eles mesmos. Afinal, se eu torço para o time A, não devo achar que todos devem torcer para esse time ou caso contrário serão meus inimigos. O fato de alguém não gostar ou expressar qualquer opinião insatisfatória sobre o meu time, não significa que eu tenha que lutar para ter direitos especiais e uma legislação dura para punir quem dizer algo ou defender uma posição do qual não compartilho. Logo, se alguém é gay que seja! Não há necessidade de ficar se agarrando e se "manifestando" por reconhecimento. Isso é patético! Aliás, isso acaba se tornando fanatismo e fanatismo está longe de ser algo existente em algumas pessoas de variadas religiões. Essa atitude está presente em todos aqueles que acham que estão certos e todos a sua volta estão errados e claro, nunca vão admitir isso.

Levy ganhou o respeito de milhões de pessoas e mesmo não possuindo chances de ganhar por conta do curto espaço para mostrar seu PG, não me surpreenderia se ele tivesse muito mais votos após essa atitude. Se os demais candidatos tivessem a coragem que Levy teve no último domingo, teríamos uma eleição muito mais interessante. Creio que se Marina e Aécio tivessem se posicionado de forma mais firme, sem levantar a bandeira de "Paz e Amor", bem como se as emissoras tivessem dado mais oportunidade ao candidato Eymael, teríamos um segundo turno muito mais digno e livre do PT, que por sinal está prestes a concluir que os R$20 a R$90 por cabeça do “Bolsa Família” são o preço para votação expressiva nas eleições 2014 e que se seus respectivos candidatos forem eleitos, ninguém terá o direito de fazer arruaça reclamando, pois assim como a votação é democrática, calar e deixar nas costas dos outros a atual situação, faz de você cúmplice de uma realidade falida.

Achou ruim o posicionamento do candidato? Use-o como exemplo e não como ameaça: saia de cima do muro, jogue a máscara no lixo e mostre o que realmente pensa. Só é possível exigir aquilo que se oferece. Se sou hipócrita, não posso reclamar que todos ajam como tal comigo.

PS: Representar contra o candidato e pedir cassação da candidatura são direitos assegurados, mas há seis dias das eleições presidenciáveis do qual o mesmo, por falta de recurso eleitoral, não tem condições de ficar entre os dois que irão para o segundo turno, é a atitude mais sem noção que alguém poderia ter. É o mesmo que o STJD ficar com pena de excluir o Grêmio da Copa do Brasil e decidir voltar atrás e apenas descontar três pontos na classificação para que este seja eliminado desse campeonato. Mas sei lá, se isso faz as pessoas se sentirem melhor, que assim seja!

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Syl é jornalista, pianista, apaixonada por carros e artes (em especial a primeira e a sétima) e muitas outras coisas. Nas horas vagas compartilha conhecimento no fantástico mundo da bloguesfera.  Siga @SylOficial