domingo

Transformação: Andressa Urach como ninguém nunca viu!


Essa semana tive a honra de conhecer a história da verdadeira Andressa Urach. Calma! Eu sei que você está pensando "aff", mas é porque você não entendeu o que quero dizer. Serei mais clara.

Tive a honra de conhecer não a mulher bonita, desejada por todos os homens, de corpo escultural e super famosa. Eu conheci o ser humano por trás de tudo isso. Eu vi uma mulher que acho que nem a Andressa sabia que existia até pouco tempo atrás.

A história da apresentadora você já conhece. É bem peculiar de muita moça bonita que está no mundo dos famosos. Ela tirou fotos nuas, cresceu financeiramente, ganhou fama, mas faltava alguma coisa. E é ai que entrou a Andressa que conheci.

De uma forma bem sucinta, a sua história é a seguinte: "Moça pobre, criada pela mãe. Desejava o amor do pai, não o tinha. Passou a vida tentando se encontrar. Buscando formas de preencher um vazio enorme que existia em sua alma e que insistia em permanecer, mesmo com todas as suas conquistas. Casou-se cedo, pois tinha o sonho de enfim ser feliz. O casamento acabou seis anos depois, mas desse sonho interrompido nasceu seu filho, sua inspiração. Andressa sofreu abuso sexual durante toda a sua infância e isso mexeu com ela psicologicamente quando se tornou adulta. 

Sentia-se feia e sozinha, buscando incansavelmente uma forma de ser aceita e amada. Mesmo sendo uma mulher bonita (mas ela não se achava), fez dez cirurgias plásticas. Recebeu elogios, ganhou "amigos", conquistou homens, mas nada disso preencheu aquele insistente vazio. Decidiu colocar hidrogel nas coxas para aumentar a massa muscular, tempos depois sofreu as consequências (o hidrogel raramente confere reações imediatas, elas podem demorar anos). Depois de idas e vindas de hospitais e de quatro lipoaspirações para tirar o liquido do corpo, Andressa começou a se sentir muito mal e foi internada. Em caso grave, a imprensa e os atiradores de pedra só diziam que ela corria o risco de morte ou de sobreviver, mas ter a perna amputada. E os atiradores de pedras ainda diziam: "Bem feito!" Andressa estava inconsciente, mas sua família não. Imagino o quanto foi horrível para a mãe e o filho saberem o que as pessoas diziam naquela hora. Pois uma pessoa consegue seguir em frente sem apoio de qualquer outra pessoa, mas basta desestimular e criticar para que uma reação negativa (e muitas vezes, dolorida e traumatizante) apareça.

Andressa conta que enquanto estava em coma, ela acredita ter chegado à uma espécie de "juízo final", onde não via Deus, mas o sentia e ao mesmo tempo sentia vergonha e aflição por reconhecer que mais uma vez tinha feito tudo errado para tentar ser feliz. Pediu uma segunda chance, chorou, se desesperou, Seu corpo continuava inerte, em coma. Três dias depois ela despertou. Já consciente, Andressa conta que haviam demônios em volta de sua cama, tentando buscar a sua alma e que ela gritava pedindo a ajuda da mãe.

Seus médicos disseram que ficaria internada até fevereiro, devido à gravidade do problema. Nesse dia, sua mãe saiu do hospital para ir a uma reunião na Igreja Universal, onde já frequentava há muitos anos. Andressa estava sozinha e começou a falar com Deus, determinando que não aceitava ficar mais naquele hospital. Ela pediu perdão e se sentiu perdoada, fazendo um desafio de fé com Deus de que estaria bem em sete dias. Dia 24 de dezembro teve alta hospitalar.

Em janeiro teve uma piora, ocasião em que pus escorria de suas pernas e mal conseguia andar. Andressa se deu conta de que a vida toda buscou paz e felicidade no lugar errado. Ela percebeu que ninguém é nada sem Deus e que o que ela sente e pensa hoje é completamente distinto de como pensava e agia há poucos meses atrás.

A moça conta que sempre criticou os dízimos devolvidos a igreja pela mãe e a avó, mas que havia feito um pacto com uma entidade chamada "Pomba Gira", que de cada R$1 mil que ganhasse, ofereceria uma garrafa de champanhe para o encosto. Afirma que já gastou quase o valor de um apartamento no batuque (macumba), mas não achava necessário devolver à décima parte a quem lhe deu condições de trabalhar, até mesmo questionando a existência de Deus.

Hoje Andressa abriu mão de muitas coisas de sua vida. Coisas que surpreenderam as pessoas, como pedir demissão da Rede TV. Andressa se deu conta que nenhum de seus inúmeros amigos se ofereceu para ficar no hospital durante sua internação, não que eles tivessem obrigação, mas foi o suficiente para perceber que existem amigos e momentos.

Com as novas decisões e mudanças nítidas de Andressa, a mídia marrom, bem como blogueiros e pessoas cheias de "moral" começaram a criticá-la: "Como pode uma mulher que tirava fotos nuas se dizer uma serva de Deus?", "Herege", "Falsa", "Hipócrita", "Devia ter morrido", e em meio a tais declarações você se pergunta: Que raios esse artigo tem a ver com a temática desse blogue, que é falar amplamente sobre a cultura brasileira em todos os sentidos?

E eu lhe respondo: "Tudo!". Tudo porque, infelizmente, essa é a cultura da maioria dos brasileiros (que bom que não são todos). Essa cultura burra, egoísta e cega por opção de inverter valores e atirar pedras em quem está disposto a fazer o que é certo. Andressa mesma reconhece que ela é muito mais criticada agora que se tornou protestante e aceitou Jesus Cristo como seu único Salvador do que quando ela brigava em um reality show, tirava fotos nuas ou andava embriagada e drogada.

Sabe, nem sempre as pessoas são como nós queríamos que fosse, mas muitas vezes o problema está em nós e não nelas. Pouco importa a sua religião, pois ela não vai te salvar! Tanto faz se você é católico, judeu, protestante da primeira, segunda ou terceira onda, muçulmano, espírita, mórmon ou qualquer outra coisa. As pessoas vão onde se sentem bem e é pregada a verdade, mas isso é só a casca. É o que está por fora. É o rótulo. A ferramenta da construção. O que importa é o que está dentro. Não o volume de pessoas dentro de um templo, igreja, salão ou mesquita, mas o que está dentro de cada pessoa. Você pode encontrar um cara todo tatuado que aceitou a Verdade e teve uma transformação radical em seu interior e ver um outro todo certinho que tem Deus da boca para fora, mas vive uma vida medíocre, limitada e cheia de ódio, frustração e maus olhos.

Senti orgulho dessa Andressa. Quando eu lia as criticas sobre ela em dezembro, via o quanto as pessoas podem ser cegas e malvadas e desejei que tudo acabasse bem. Não para ser mais uma no mundo, mas para que "algo" fosse engrandecido. E não é que saiu melhor que o esperado!

Quem nunca errou, que atire a primeira pedra. Se alguém se habilitar, tem um monte aqui. Estou doando, já que tenho consciência que não tenho o direito de lançá-las contra ninguém, nem contra você que deve estar repudiando esse artigo.

Se você tem uma religião ou crença supostamente cristã e ainda assim não aceita ou acredita na mudança de Andressa, apenas faça duas coisas. Primeiro: deixe esse assunto com ela e Deus. Não é da minha, nem da sua conta. Segundo e não menos importante, pergunte-se: O que Jesus faria em meu lugar? Será que ele "tacaria" uma pedra gigante na cabeça dela ou diria: 
"Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." Lucas 15:7
_____________________________________________________________________________  Sobre a Autora do Artigo
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Syl é jornalista, pianista, apaixonada por carros e artes (em especial a primeira e a sétima) e muitas outras coisas. Nas horas vagas compartilha conhecimento no fantástico mundo da bloguesfera. 

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