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Você sabe como funciona a Farmácia Popular Brasileira?


Já fazem décadas que muitas prefeituras de diferentes municípios brasileiros, sobretudo no estado de São Paulo, distribuem medicamentos para os munícipes carentes realizarem seus tratamentos médicos. Algumas, porém, por falta de incentivo estadual ou federal, ficavam sem verba para os medicamentos essenciais, como os destinados ao controle da diabetes e hipertensão.

Embora algumas administrações políticas brasileiras sirvam de exemplo para o restante do país, a maior parte deixava os munícipes enfermos à mercê do pior, quando estes não dispunham de dinheiro para arcar o seu tratamento com fins próprios.

A fim de cumprir com as exigências estabelecidas na Política Nacional de Assistência Farmacêutica feita pelo Ministério da Saúde, o governo federal sancionou em 2004, a autorização para que Fundação Oswaldo Cruz venha a disponibilizar medicamentos mediante ressarcimento do poder público (Decreto 5.090). Com isso, as políticas de distribuição de medicamentos nos municípios permaneceram a critério das respectivas prefeituras, mas foi incluído a distribuição obrigatória de medicamentos de uso continuo pela FIOCRUZ, com financiamento federal.

Caso, por exemplo, a pessoa se dirija à um posto de saúde ou farmácia municipal e não encontre o medicamento necessário para diabetes, hipertensão ou asma, pode comparecer à um posto da Farmácia Popular.

Como os postos da Farmácia Popular eram encontradas mais em centros urbanos, como capitais, bem como em estações do metrô, essa prática foi expandida também para farmácias particulares. Assim, não encontrando o medicamento, o paciente não precisa viajar pela cidade toda, basta ir até uma farmácia conveniada. Ou seja, não são todas as farmácias particulares que participam do programa, mas as que oferecem o serviço costumam divulgar através de fachadas, banners e informativos feitos junto a secretaria municipal de saúde.

Vale ressaltar que não são todos os medicamentos disponibilizados gratuitamente. Segue abaixo uma lista com os medicamentos destruídos atualmente.*



*Vale ressaltar que a presente lista está sujeita a alterações, como exclusões de medicamentos pelos laboratórios e Ministério da Saúde, bem como substituição ou inclusão de novos medicamentos pela secretaria estadual ou municipal de saúde.

Como obter o medicamento gratuito na farmácia popular

É necessário que o paciente se apresente, pessoalmente, na farmácia, com RG, CPF, comprovante de residência e receita médica. A maior parte das farmácias particulares aceitam a receita por até quatro meses, sendo necessário que o médico emita uma nova via após esse período, diferente da rede pública que confere validade de seis meses para receitas médicas de medicamentos de uso continuo.

Caso o paciente esteja acamado ou impossibilitado de se locomover, é necessário se informar junto ao posto da farmácia popular ou a rede particular conveniada ao programa para saber como proceder para obter o medicamento para o paciente em condições de limitação de locomoção.

Algumas localidades exigem uma procuração, outras entregam para qualquer familiar que esteja com sua documentação pessoal no ato da entrega e outras, principalmente particulares, por falta de conhecimento sobre o procedimento nesses casos, acabam não abrindo exceção. No ato da entrega, é necessário que o paciente ou o seu representante (se este for o caso), assine um termo de recebimento para controle interno. Em caso de dúvida ou de negação da entrega, busque ajuda na secretaria municipal de saúde, bem na ouvidoria municipal ( se existir em sua respectiva cidade).

Não é necessário a apresentação de comprovante de renda.

As farmácias populares privadas costumam vender medicamentos para outros fins com valor inferior ao praticado no mercado. Por isso, anticoncepcionais, bem como analgésicos, anti-inflamatórios, entre outros, costumam ter preços acessíveis as classes mais carentes.
_____________________________________________________________________________  Sobre a Autora do Artigo
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Syl é jornalista, pianista, apaixonada por carros e artes (em especial a primeira e a sétima) e muitas outras coisas. Nas horas vagas compartilha conhecimento no fantástico mundo da bloguesfera. 

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